ADULTERIO O QUE É?????

ADULTERIO O QUE É?????

Adultério

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Adultério é uma palavra que derivou da expressão em latina ad alterum torum que significa literalmente na cama de outro(a) que designava a prática da infidelidade conjugal e com o tempo se estendeu ao sentido de fraudar ou falsificar adjeta ao verbo "adulterar".

Índice

 História

O adultério, como "ato de se relacionar com terceiro na constância do casamento", é considerado uma grave violação dos deveres conjugais por quase todas as civilizações de quase toda a história, sendo que algumas sociedades puniam gravemente o cônjuge adúltero e/ou a pessoa com quem praticava o ato, sendo ambos passíveis de morte.

Historicamente a prática de adultério era criminalmente mais grave quando praticado pela mulher em relação ao homem. Hoje em dia, embora tal discriminação não exista nas leis dos países ocidentais, ou tenha perdido sua eficácia sociológica, na prática do dia a dia a conduta continua a ser vista de forma diferenciada, dependendo do gênero de quem realiza o adultério.

 Direito

 Direito Romano

No direito Romano pré-cesariano, como na Lei das Doze Tábuas, havia punição pecuniária para os crimes considerados menos graves, como o adultério, então considerado simultaneamente como crime contra a autoridade do pater-familias ou pai de família e como crime contra os bons costumes, relativamente ao qual a Lex Julia de adulteriis estabeleceu um prazo de prescrição de cinco anos, os quais se contavam a partir da data da sua comissão, mesmo que a mulher já tivesse morrido, por forma a poder condenar o «cúmplice» (como se pode ver do Digesto, 48.5.12.4 —«adulterii reuni infra quinque annos continuos a die criminis admissi defuncta quoque muliere postulari posse palam est» — «pode-se postular, isto é, denunciar à autoridade, contra o réu de adultério, pelo prazo de cinco anos contínuos contados da data da comissão do crime, mesmo que a mulher já tenha falecido»).
No entanto, e no que concerne ao crime de adultério, há que ter em atenção que o pai da mulher podia matar esta e o seu cúmplice, se ela estivesse sob a sua potestas, mas que só o podia fazer na sua própria casa, ainda que a filha aí não residisse, ou na casa do genro. O marido também podia matar o cúmplice do adultério na sua casa e não na do sogro e, se o não quisesse ou não pudesse fazer, poderia retê-lo na casa por não mais de vinte horas seguidas, com a finalidade de conseguir fazer comprovar o crime, e, segundo alguns autores, para evitar que fosse feita justiça pelas próprias mãos do ofendido. E em relação à acusação criminal do sogro, é preciso notar que o marido preferia ao sogro, mas qualquer deles só tinha um prazo de 60 dias para o fazer, e, caso nenhum deles o fizesse, poderia ainda um parente dos ofendidos, deduzir a acusação pelo prazo de quatro meses.[1]
O crime de adultério passou posteriormente a ser punido com a pena de morte pela legislação do imperador Constantino I.

 Idade Média

No direito medieval, os praxistas formularam gradação segundo a gravidade como as figuras nudus cum nuda im oedem lectum (nu com nua na cama) como modalidade mais grave e o solus cum sola im solitudine (ele só com ela) como modalidade menos grave.

D. Dinis, num instrumento de «avença» (acordo, convénio ou concordata) com o Clero, dado em Coimbra e datado de 5 de Junho de 1308, e em resposta a queixas dos bispos e clérigos relativas à entrada dos seus homens nas igrejas e outros lugares sagrados para se apoderarem de malfeitores, veio determinar na alínea j) que A Santa Igreja não vale (...) aos que matam outro a torto e os adulteros e os que forçam as virgens e os que hão-de dar conto aos imperadores e aos reis dos seus tributos e do seus direitos

 Atualidade

Em Portugal até 31 de Dezembro de 1982 — esteve em vigor uma norma, proveniente do direito muito antigo, segundo a qual o cônjuge que encontrasse o outro a praticar adultério e não estivesse impedido de o acusar, por, eventualmente, ter contribuído voluntariamente para a ato ou o ter incitado a tal, e nesse ato matasse este ou o adúltero, ou ambos, ou lhes inflingisse ofensas corporais graves, se encontrava sujeito apenas a uma pena de desterro por seis meses, e que o mesmo regime se aplicava aos pais de filhas menores enquanto estas se encontrassem sob o seu pátrio poder, como se encontrava consignado na última versão do artigo 372.º do Código Penal de 1886, sendo certo que, até alguns anos antes, tal poder de matar era apenas concedido ao marido e aos pais, em idênticas circunstâncias.
No Decreto-Lei n.º 262/75 de 27 de Maio promulgado em 15 de Maio de 1975 pelo Presidente da República Portuguesa, Francisco da Costa Gomes, é referido:
O artigo 372.º do Código Penal, ao estabelecer a pena de desterro para fora da comarca por seis meses ao homem casado que, achando sua mulher em adultério, a matar a ela ou ao adúltero, ou a ambos, ou lhes fizer qualquer ofensa grave, à mulher casada que praticou os mesmos fatos nas pessoas do marido e da concubina «teúda e manteúda pelo marido na casa conjugal», e, bem assim, nas mesmas condições, aos pais a respeito de suas filhas menores de 21 anos e dos corruptores delas, por que abstrai inteiramente da verificação de emoção violenta que aos agentes podem eventualmente produzir tais factos, confere um autêntico «direito de matar».
No atual Código Penal Português, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 400/82, de 23 de Setembro a palavra adultério não é mencionada numa única passagem.[2]
No atual Código Civil Português faz-se apenas referência ao adultério aquando da existência de heranças e respetivos testamentos e é referido no art.º 2196.º que é nula a disposição a favor da pessoa com quem o testador casado cometeu adultério.
Ao longo da história, o filho havido mediante adultério, tinha uma situação vexatória e certas restrições de direitos, inclusive quanto ao recebimento da herança ou o uso do sobrenome paterno. Entretanto, as legislações e sociedades modernas extirparam de vez tais preconceitos.

 Na atualidade

Nos tempos atuais, esta violação ainda é punível severamente, inclusive com pena de morte, em algumas partes do mundo, geralmente nos países muçulmanos. Nos países do ocidente, a punição se dá muito mais brandamente embora ainda se constitua em causa eficiente para o divórcio ou rescisão do casamento. Porém, os relacionamentos com terceiros, eventualmente, são aceitos em algumas circunstâncias como o demonstram as práticas cada vez mais assumidas publica e socialmente de swing e poliamor.

No Brasil, a prática do adultério já foi capitulada como crime no artigo 240 do Código Penal, tendo sido revogado em 2005 pela Lei 11.106. Em Portugal o crime do adultério foi revogado em 1973.

A maioria das legislações contém gradação da gravidade da prática do adultério, algumas reservam penas mais severas quando, por exemplo, ele é praticado com parentes do cônjuge vitimado.

O adultério na Bíblia

Cristo e a adúltera, por Nicolas Poussin, Museu do Louvre, 1653.

No Antigo Testamento da Bíblia, a lei mosaica determinava a pena de apedrejamento de quem fosse pego praticando o adultério, o que foi adotado pelos judeus, inclusive na época de Jesus Cristo (ver Levítico 20:10). Entretanto, como a lei de Moisés admitia a poligamia masculina e o divórcio (Deuteronômio 24:1), a configuração do delito era geralmente caracterizada quando uma mulher casada mantinha relações com um outro homem que não fosse o seu marido.

Entretanto, com o passar do tempo, o judaísmo veio a proibir a prática da poligamia e o cristianismo, desde os seus primórdios, não admitiu o divórcio e nem a infidelidade conjugal.

No Novo Testamento, ao discursar sobre o divórcio no sermão da montanha e numa outra ocasião perante os líderes religiosos da época (ver Evangelho segundo Mateus 5:31-32;19:1-12 e Evangelho segundo Marcos 10:1-12), Jesus, buscando o fundamento contido no livro de Gênesis, dá a entender que o divórcio não pode ser reconhecido pela religião porque o homem não teria o poder de separar o que Deus uniu.

E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza do vosso coração vou deixou ele (Moisés) escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois numa só carne e, assim, já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem. (Mc 10:5-9)

Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. (Mt 19:9)

Assim, Jesus explica a reprovação de se contrair novas núpcias enquanto o cônjuge divorciado ainda estiver vivo, sendo que algumas interpretações admitiriam a possibilidade de uma exceção nas hipóteses de haver adultério na constância do casamento.

Dentro de um outro contexto, os apóstolos também posicionaram-se contra o adultério. Verifica-se no livro de Atos que o Concílio de Jerusalém recomendou que os gentios novos convertidos ao cristianismo se abstivessem das relações sexuais ilícitas, sendo que as epístolas de Paulo confirmam a proibição do adultério:

Todavia, aos casados, mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher (...) A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo em que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. (I Coríntios 7:10-11; 7:39).

Embora Jesus tivesse dirigido sua pregação para os judeus, seus mandamentos vieram a ser aplicados pelos apóstolos que se mostraram aversos tanto em relação à infidelidade no casamento quanto aos matrimônios com impedimento.

Em outra ocasião, entretanto, quando alguns fariseus e escribas repletos de ódio e despeito acusaram a mulher adúltera exigindo seu apedrejamento, o mesmo Jesus ergue-se e diz: “O que está puro entre vós atire a primeira pedra” (Jo 8:7).

 No catolicismo

O catolicismo adota uma posição ampla quanto ao pecado de adultério. A Igreja Católica não reconhece o divórcio. Desta forma as pessoas que se casaram religiosamente e, entretanto, começaram um novo relacionamento após divórcio civil, estão aos olhos da Igreja Católica em permanente estado de adultério, mesmo após celebrarem novo casamento civil.

 Adultério na arte

Vários artistas, poetas, compositores, escritores e cineastas dedicaram obras à questão moral e filosófica do adultério. Mozart aborda claramente as questões da infidelidade amorosa na sua ópera Così fan tutte, Assim fazem todas, já Almeida Garrett aborda latentemente a questão do adultério em Frei Luís de Sousa[3]. Mais recentemente o poeta luso João Pimentel Ferreira abordou a questão do adultério em verso na obra "O Auto da Tentação"[4]. No filme com Demi Moore, Adultério de 1995, é feita uma clara referência a este tema.

 

 

Davi e Bate-Seba O pecado de adultério (pdf) Qualquer desobediência da palavra de Deus é pecado. Jamais devemos sugerir que há pecadinho e pecadão. Mas, nesta vida, alguns pecados levam a conseqüências maiores. Alguns pecados machucam outras pessoas mais profundamente do que outros. Alguns causam seqüelas desastrosas e irreversíveis. Não é por acaso que o adultério sempre se encontra entre os piores dos pecados, tanto nos olhos de Deus como entre os homens. Deus não nos deixa sem defesa contra este pecado destruidor de vidas. Além de várias advertências bíblicas, há diversos exemplos de como o adultério complicou a vida de pessoas que o praticaram, e de suas vítimas inocentes. Um exemplo clássico é Davi, o segundo rei de Israel. Vamos aprender as lições valiosas deste tropeço triste na vida dele. Erros que levaram Davi ao pecado Quando uma pessoa se entrega à tentação, pode se encontrar numa situação praticamente impossível, onde não tem força para resistir. É essencial aprender como evitar essas situações difíceis. O exemplo de Davi sugere algumas coisas que vão nos ajudar. (1) Devemos nos dedicar ao papel que Deus nos deu. Davi não se ocupou com seus próprios deveres. 2 Samuel 8 e 10 mostram que Davi era um guerreiro bem-sucedido. De fato, seu papel como um dos primeiros reis era de comandante do exército de Israel. Ele corajosamente conduziu suas tropas a vitória após vitória. Mas, num determinado ano, Davi ficou para trás e mandou Joabe e seus servos à batalha (2 Samuel 11:1). Enquanto muitos dos homens de Israel arriscaram a vida na guerra, ele ficou na casa do rei em Jerusalém. Hoje, um dos fatores que contribui ao pecado é falta de ocupação e dedicação em nosso trabalho. Homens desempregados mostram uma tendência maior de se envolver numa série de pecados, incluindo adultério, abuso de álcool e outras drogas, etc. Jovens ociosos tendem a se envolver em coisas erradas, por ter muito tempo livre. Mulheres sem responsabilidade participam mais das coisas do Adversário (1 Timóteo 5:13-15). (2) Não devemos alimentar pensamentos errados. Uma vez que Davi se colocou no lugar errado, ele foi tentado. Ele viu Bate-Seba, uma mulher bonita, tomando banho (2 Samuel 11:2). Neste momento, ele deveria ter virado os olhos para outra coisa, procurando não pensar mais na imagem do corpo da mulher de outro. Nós não devemos hospedar pensamentos maus, porque levam às consequências graves (Jeremias 4:14; 6:19). O domínio próprio, uma das características fundamentais do servo de Deus, inclui a disciplina para controlar nossos próprios pensamentos (Gálatas 5:22-23; 2 Pedro 1:6; Filipenses 4:8-9; 2 Coríntios 10:4-6). É bom lembrar que um passarinho pode passar por cima da nossa cabeça, mas não temos que o convidar a fazer ninho em nossos cabelos. (3) Devemos respeitar as advertências sobre o pecado. Davi ignorou, pelo menos, três advertências contra seu pecado, antes de ter relações com Bate-Seba. Primeiro, como conhecedor da palavra de Deus, ele sabia que sua cobiça e o ato de adultério são pecados contra Deus. Mesmo entre dois solteiros, tais relações são erradas. Segundo, ele já era casado, e o compromisso de casamento deveria ter sido mais um impedimento. Quantos homens têm evitado o pecado de adultério por causa de uma aliança ou fotografia da esposa, os lembrando do compromisso matrimonial na hora de tentação? Terceiro, ele sabia, antes de a convidar para casa, que Bate-Seba era mulher casada (2 Samuel 11:3). Nós devemos sempre respeitar as advertências sobre o pecado e suas conseqüências, antes de cometê-lo. (4) Não devemos procurar circunstâncias que facilitam o pecado. Davi estava no lugar errado e pensou nas coisas erradas. Cada passo o levou mais perto do relacionamento pecaminoso que ia piorar a vida dele e de outras pessoas. Quando ele perguntou sobre Bate-Seba e a convidou para a casa dele, ele se colocou numa situação onde a tentação seria mais forte ainda. Ele já sentiu atração de longe, como resistiria quando estava a sós com ela? Há muitas lições aqui. A pessoa que sente a tentação de usar drogas deve ficar longe dos lugares onde as tem, e das pessoas que as usam. A pessoa tentada a beber deve evitar bares e festas onde servem bebidas alcoólicas. Um casal de namorados deve evitar lugares escuros e isolados, e jamais deve usar roupas sensuais ou participar de atividades que enfatizam o sexo. Como Davi multiplicou o seu pecado Uma série de erros e pecados mentais levou Davi ao ato de adultério. A Bíblia não oferece nenhuma cena romântica para justificar o erro. Simplesmente diz: “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela” (2 Samuel 11:4). Muitos filmes e novelas de hoje procuram colocar o pecado no contexto de romantismo e “amor” inegável. Procuram fazer do pecado alguma coisa bonita e agradável. Mas, as Escrituras relatam os fatos. Ela veio, e eles pecaram. Neste momento, Davi deveria ter sentido remorso profundo e tristeza sincera. Mas, ele não virou para Deus naquela hora. Achou que o pecado poderia ser escondido, e as conseqüências evitadas. Foi o começo de uma série de pecados que parecem tão estranhos na vida de um homem escolhido por Deus. Ao adultério, Davi acrescentou mentiras. Quando soube que Bate-Seba estava grávida, ele chamou Urias para descansar em casa com a esposa. Ele achou possível esconder seu pecado, enganando o próprio marido traído. Mas Urias não facilitou o plano de Davi. Um soldado dedicado, ele recusou tirar férias quando os colegas estavam na batalha. Frustrado, Davi avançou das mentiras ao homicídio. O próprio Urias levou a carta que selou a morte dele e de mais alguns soldados. Neste plano sinistro, o rei envolveu mais uma pessoa. Joabe, o comandante do exército, serviu de cúmplice sem saber os motivos de Davi. As tentativas de esconder o pecado geralmente levam o pecador ao fundo do poço. Davi, cujo coração costumava ser dedicado ao Senhor, se entregou ao pecado e à vontade do diabo. Não escondeu nada de Deus Talvez Davi conseguiu enganar os vizinhos, e até o próprio coração. Mas, ninguém é capaz de esconder de Deus. “E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4:13). Deus mandou Natã, um profeta, para confrontar Davi com seu pecado (2 Samuel 12:1-14). Ele contou a história de um homem pobre que perdeu sua única ovelha por causa da maldade do vizinho rico. Davi ficou bravo, e demandou o castigo duro do ladrão. Falou que este homem teria que pagar quatro vezes o valor da ovelha, e que seria morto pelo crime. Natã disse a Davi: “Tu és o homem.” Ele o acusou de pecados contra Deus, contra Urias, e contra Bate-Seba. Davi confessou o pecado, e Deus lhe poupou a vida. O arrependimento sincero Há algumas diferenças notáveis quando comparamos a confissão de Davi com outras famosas confissões na Bíblia. Adão e Eva procuraram culpar outras pessoas para justificar sua desobediência (Gênesis 3:12-13). Caim mentiu para Deus, tentando negar sua culpa (Gênesis 4:9). Arão apontou o dedo para o povo, e fingiu que o bezerro de ouro tinha aparecido praticamente sozinho (Êxodo 32:21-24). Saul disse que tinha obedecido a palavra de Deus. Depois, quando reconheceu sua culpa, ele se preocupou em manter sua posição de honra perante o povo, em vez de mostrar um espírito quebrantado (1 Samuel 15:13,24,30). Judas sentiu remorso e confessou sua traição, mas fugiu da presença de Jesus e se suicidou (Mateus 27:3-5). Mas o arrependimento e a confissão de Davi foram diferentes. Davi não ofereceu desculpas. Ele não perguntou sobre as conseqüências. Ele se entregou nas mãos do Deus justo, e simplesmente confessou a culpa do pecado cometido: “Pequei contra o Senhor” (2 Samuel 12:13). O Salmo 51 mostra a profundidade do remorso de Davi. Ele assumiu plena responsabilidade pelo pecado, e pediu a ajuda de Deus para renovar seu coração. É este arrependimento que Deus quer. O pecador que volta para Deus precisa reconhecer seu pecado, e não retornar fingidamente (Jeremias 3:10,13). Consequências do pecado perdoado Deus não tirou a vida de Davi. Ele foi perdoado, mas ainda tinha que sofrer muitas consequências graves. Ele foi humilhado quando um dos próprios filhos tomou algumas de suas mulheres. E, como Davi falou que o ladrão do cordeirinho deve pagar quatro vezes, ele mesmo pagou quatro vezes. Tirou a vida de Urias, e pagou com a vida de quatro de seus filhos. O filho de Bate-Seba nasceu, e morreu logo depois (2 Samuel 12:15-25). Depois, Amnom foi morto pela espada de Absalão (2 Samuel 13:23-36). Joabe matou o rebelde Absalão (2 Samuel 18:9-18). Depois da morte de Davi, Salomão mandou que Adonias fosse morto (1 Reis 2:13-25). As consequências do pecado de Davi mostram um fato importante. Deus pode perdoar o pecador, sem tirar todas as consequências do pecado. Há muitas pessoas arrependidas de seus pecados que ainda vão ficar muitos anos encarceradas. Há famílias destruídas por causa de pecados já confessados e perdoados por Deus. Deus pode perdoar um assassino, mas este perdão não ressuscita a vítima. Ele pode perdoar a mãe que abusou álcool ou outras drogas durante sua gravidez, mas a criança que nasceu com defeitos físicos ou mentais por causa desses vícios continua sofrendo. Deus é capaz de perdoar as mulheres e médicos que fazem abortos, mas as crianças já mortas nunca nascerão vivas. Muitos outros exemplos provam que o pecador perdoado, ou suas vítimas, podem continuar sofrendo depois do perdão. Através da fé, arrependimento e batismo, Deus lava os pecados e nos purifica. Assim, escapamos das consequências eternas do pecado. Mas, às vezes, continuamos sofrendo as consequências temporâneas dos erros do passado. Como Deus vê o adultério O adultério tem se tornado um pecado comum e até glorificado em novelas, filmes, livros e revistas. Mas, desde a criação do primeiro par de seres humanos, Deus sempre tem ensinado a mesma coisa. As relações sexuais pertencem exclusivamente ao casamento lícito. Ele sempre condena a fornicação e o adultério. A vontade de Deus para os dias de hoje é bem clara: um homem pode casar com uma mulher, e os dois terão relações normais até a morte. Estude bem as seguintes passagens: Mateus 19:4-6; Romanos 7:2; 1 Coríntios 7:1-9; Hebreus 13:4. Enfrentamos tentações, como Davi as enfrentou. O próprio Deus considerou Davi “homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade” (Atos 13:22). “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia” (1 Coríntios 10:12). Quando respeitamos a vontade de Deus, receberemos as grandes bênçãos de felicidade nesta vida, e por toda a eternidade. ­por Dennis Allan

 

 

 

INTRODUÇÃO [1]

O adultério tem sido um tema que sempre vem à tona na vida social da Igreja.  Longe de ser um pecado recente, ele possui raízes antigas e complexas, tanto sociais quanto religiosas.  O presente estudo pretende esclarecer dúvidas e fatos sobre o adultério e está dividido em cinco partes.  A primeira identifica as definições de adultério no Antigo e Novo Testamento.  A segunda parte trata das causas e razões do adultério.  A terceira parte trata das conseqüências físicas e emocionais do adultério.  A quarta parte lida com as soluções e prevenções.  A quinta e ultima dá a posição da Igreja sobre o adultério.

Definição da Problemática

O que é definido na Bíblia como adultério?  Quais são as causas e conseqüências?  Os adúlteros possuem ainda solução para seu casamento e vida espiritual?  Qual a posição da Igreja, e o que ela faz ao descobrir entre seus membros pessoas que vivem em adultério?

Propósito e Justificativa

Desde o inicio da revolução sexual dos anos sessenta, o adultério tem crescido em larga escala no mundo religioso e secular.  Deixando de ser um ato vergonhoso para se tornar uma atitude aceita e comum, as práticas adúlteras têm tomado proporções incríveis, tornando-se comum até na Igreja.  Todavia, alguns

defensores da liberdade sexual, têm dito que o adultério foi condenado na Bíblia devido à época em que ela foi escrita, sendo uma prática condicionada a cultura do lugar.  Outros dizem que Deus, por ser um Deus de amor, não leva em conta o pecado do adultério, devido o fim da lei do Antigo Testamento, através da morte de Cristo na Cruz.  Pior ainda, é atitude tomada por algumas igrejas e alguns adventistas, que não dão o devido valor ao adultério, negligenciando-o e não tratando corretamente os irmãos que caem no erro.  Pensando nisto é que o presente artigo lida com este assunto tão delicado e controvertido no meio religioso e secular.

CAPÍTULO I

ADULTÉRIO: DEFINIÇÃO, CAUSAS, CONSEQÜÊCIAS,

 SOLUÇÕES E A POSIÇÃO ADVENTISTA

Este é um assunto polêmico tanto no âmbito social quanto no religioso.  O que será que as pessoas pensam a respeito desse assunto?  Quais as causas e conseqüências desse tipo de comportamento?  Estas e outras questões serão tratadas neste artigo.

Definição de Adultério no Antigo Testamento [2]

A palavra hebraica usada para adultério no Antigo Testamento é na’ap, [3] que é derivada das palavras aramaicas na’ªpûp e ni’ûp, e aparece somente na Bíblia Hebraica. [4]   Na’ap significa exclusivamente relações sexuais ilícitas entre pessoas casadas ou comprometidas.  A palavra adultério e derivadas ocorre 34 vezes no


Antigo Testamento.  Na’ap pode ter sentido literal, como em Lv 20:10 [5] , ou figurado, ao ser comparado à idolatria, como em Ez 16:1-43. [6]

Além da conotação sexual, o adultério também é definido no Antigo Testamento como uma ofensa às leis acerca do matrimônio.  Além de quebrar a união matrimonial, ele é encarado, quando o adúltero é casado, como uma ofensa ao marido da amante, e quando a adúltera é casada, como uma ofensa ao seu próprio marido. [7]   Também ele é definido como uma atitude contra Deus (Jo 31:11), contra a sociedade, como uma desonra a Deus ao colocar a vontade humana sobre a vontade divina (Gn 2:24), um ato de rebeldia, um meio de destruir a própria reputação (Pv 6:32-33) e um jeito de prejudicar a própria mente (Os 4:11-14). [8]

Definição de Adultério no Novo Testamento

No Novo Testamento, a primeira adição ao assunto está em Mt 5:27-28.  O texto traduzido literalmente diz: “Mas eu digo a vós que, qualquer um que olhar para uma mulher para cobiçar após ela, já tem cometido adultério com ela em seu coração”. [9]   Na ocasião Jesus discursa sobre a fidelidade própria do reino. [10]   Em seu discurso faz a diferença entre moralismo externo e os desejos do coração. [11]

Aqui, epithumeo está em um tempo pontilinear. [12]   Significa cobiçar e no Novo Testamento aparece dezesseis vezes. [13]   Destas, com freqüência faz referência ao décimo mandamento.  No versículo fala de uma mulher casada [14] e nesta situação ela era considerada propriedade do marido (Ex 20:17). [15]   Portanto, Jesus estava realmente se referindo ao décimo mandamento [16] uma negação de fidelidade que engloba desejar uma mulher casada ou comprometida sem consumar o adultério. [17]

A palavra moicheuo pode ser traduzida como “cometer adultério com”. [18]   Aparece, ao todo, quinze vezes no Novo Testamento [19] referindo-se ao sétimo mandamento, adultério espiritual da Igreja Cristã e relacionado com o divórcio.  Nesses casos descritos, pelo menos uma das partes está comprometida com uma outra pessoa.

 

 

 

ADULTÉRIO: DEFINIÇÃO, CAUSAS, CONSEQÜÊCIAS,  SOLUÇÕES E A POSIÇÃO ADVENTISTA

Páginas

 

 

 

As Causas do Adultério

 

As Sagradas Escrituras afirmam que os maridos devem amar suas esposas e que essas devem ser submissas a seus maridos (Ef 5:22).  Ela ensina também que os cônjuges devem se esforçar para conservar o matrimônio puro (v. 27).  A Bíblia diz: “Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade” (Ml 2:15).

 

A questão da infidelidade no casamento não é recente, nem produto de novas filosofias.  Esses casos extraconjugais têm acontecido há milhares de anos. [20]   De acordo com os resultados de uma pesquisa feita pela revista Veja, 60% dos homens já foram infiéis.  De acordo com a pesquisa, os principais motivos são: Atração, problemas no casamento e circunstâncias.  De acordo com a mesma pesquisa, 47% das mulheres também já foram infiéis.  Os principais motivos por elas citados são: Insatisfação com o parceiro, vontade de experimentar outro parceiro, falta de amor e atração.  Nessa mesma pesquisa, 59% dos homens disseram que sentiam vontade de serem infiéis pela insatisfação no relacionamento, atração e instinto sexual.  Continuando, 55% das mulheres entrevistadas, disseram que sentiam a mesma vontade pela atração, insatisfação no casamento e raiva.  A conclusão tirada dessa pesquisa foi que homens traem por razões ligadas à sexualidade e as mulheres por motivos ligados ao casamento e também vingança.  As traições costumam ocorrer nos quatro primeiros anos de união.  A maioria dos homens e mulheres tem vontade de ter um caso.  Eles não o fazem por falta de oportunidade.  Elas, por não querer que o marido lhes faça o mesmo. [21]

 

O adultério está se tornando cada vez mais comum e normal em nossos dias.  “O que outrora era rotulado de adultério, escondendo um estigma de culpa e embaraço agora é um ‘caso’ – uma palavra que soa bem, convidativa, envolta em mistério, fascínio e emoção – um relacionamento e não um pecado”. [22]   O “caso” está se tornando uma aventura.  Porém, adultério nunca foi aceito pela sociedade.  “Em um estudo feito pelo antropólogo J. S. Brown descobriu-se que, dentre oitenta e oito sociedades, em várias partes do mundo 89% desses grupos puniam seus cidadãos quando eram descobertos envolvidos em um caso extraconjugal”. [23]  

 

Existem vários motivos que podem levar ao adultério.  A maioria dessas

 

causas recebem influência da época antes do casamento.  Traços negativos de caráter ou idéias desenvolvidas na adolescência ou na época do namoro podem colaborar para a infidelidade conjugal. [24]   Um adolescente, “... quando deixa de ser sexualmente controlado pela consciência dos pais e passa a ser governado pela própria consciência, tende a fazer diariamente inúmeras opções, variadas escolhas”. [25]   Escolhas como a de um “rapaz que olha os quadris antes da alma, que olha as pernas e não a personalidade – esse fracassará na vida sexual e fracassará no casamento”. [26]   Além disso, num namoro, deve-se ter limites.  É bom “... desenvolverem um controle sobre as intimidades físicas [no namoro]”, [27] principalmente se isso leva ao sexo.  “Sexo antes do casamento não garante um bom relacionamento sexual depois de casados; pelo contrário, há muitos casos problemáticos na área decorrentes de um envolvimento físico quando o casal ainda namorava”. [28]   Porque “... o relacionamento sexual prematuro cria confusão sobre os verdadeiros sentimentos de um para com o outro, cria também culpa, além de quebrar a comunicação”. [29]   Uma pessoa, sem perceber, pode estar preparando sua mente para um ato de infidelidade no futuro.

 

O pecado sexual nunca acontece por acaso.  As pessoas não caem de repente num ato sexual ilícito apenas por terem uma oportunidade diante de si.  Sempre há uma preparação específica.  Esta preparação chama-se experiência ‘pré-sexual’.  As experiências pré-sexuais são experiências da mente e ações que excitam, preparam ou desenvolvem nossos impulsos sexuais. [30]

 

Se um(a) jovem ou mesmo uma pessoa casada não controla seus impulsos tenderá a procurar saciá-los.  “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 6:32).  “O ato de infidelidade é o resultado de desejos, pensamentos e fantasias descontroladas”. [31]   Se um homem alimenta desejos e fantasias, desejará praticá-los.  “A mente de um homem ou mulher não decai num momento da pureza e santidade para a depravação, corrupção e crime”. [32]   Portanto, “Se quer de fato ter a rédea do instinto sexual nas mãos deve também ter nas mãos as rédeas de seus pensamentos e seus sentimentos”. [33]  

 

As necessidades insatisfeitas de um cônjuge são os maiores contribuintes

 

para o adultério.  Ao se suprir essas necessidades pode-se evitar a infidelidade.  Uma dessas necessidades é a atenção.  Um marido que não presta atenção na casa arrumada, num prato especial que a esposa fez para o jantar, no novo corte de cabelo dela está perto de perder o casamento.  Outra necessidade é a aceitação.  Tentar mudar a cônjuge é insultá-lo.  Você só estará empurrando ele para os braços de outra pessoa.  “Toda pessoa tem uma necessidade profundamente arraigada de ser aceita pelo seu valor individual”. [34]   A afeição também é outra necessidade de peso num relacionamento.  Afeto e carinho precisam existir em um casamento.  Se eles não estão presentes quebra a comunicação.  “Muitos cônjuges traem por nada mais, a princípio, do que o desejo de um pouco de afeição”. [35]   Admiração entre o casal também é importante.  “Para cada comentário negativo que um pai ou mãe faz a uma criança precisa fazer quatro comentários positivos para conservar o equilíbrio.  Assim acontece no casamento”. [36]   Falta de atividades mútuas num casamento pode levar à monotonia, e conseqüentemente, à busca para preencher esse espaço.  “Os destruidores dos lares são freqüentemente, o trabalho, a firma e a carreira”. [37]   Quando o trabalho e atividades particulares tomam conta do tempo o parceiro se sente deficiente.  A infidelidade, na maioria das vezes, só acontece quando há falhas no relacionamento.  “Os dois são fiéis quando se estimulam amorosamente a crescer, a soltar as próprias capacidades, a seguir as próprias perspectivas”. [38]  

 

Outra causa perigosa é a “tentação” a qual uma pessoa é exposta. 

 

“Na maior parte dos casos não se trata de uma necessidade de libertação por parte dos membros do casal, frente à insatisfação de sua maneira de viver, mas sim da procura de um substituto para a medíocre relação do casal”. [39]   Satanás se aproveita dessa situação e ataca.  “A infidelidade é um sintoma de um problema mais grave.  É sinal de que algo está errado no relacionamento familiar”. [40]   É nesse momento de fraqueza que ele ataca.  Davi chegou a esse momento de fraqueza, pois estava preocupado com o destino da nação, que estava em guerra, sua mente estava cheia de problemas.  “Foi o tentador que havia sugerido o pecado, e Davi devia havê-lo apartado com um ‘retira-te de mim Satanás!’ (Mc 8:33)”. [41]   “Se, portanto em qualquer momento você se sentir atraído ilicitamente para alguém, leve de imediato tais sentimentos ao Senhor em oração e não se detenha até ter a certeza de estar liberto”. [42]

 

Conseqüências Bíblicas do Adultério

 

O adultério sempre foi uma prática criticada e punida nos tempos antigos.  Existem documentos que provam que babilônicos, assírios, persas, egípcios, gregos e romanos castigavam esta pratica sexual. [43]   Também na Bíblia, desde cedo o adultério é mencionado e punido, devido a ser uma pratica odiosa a Deus (Ml 2:16).  A primeira punição mencionada na Bíblia para os adúlteros é no caso de Judá e Tamar, em Gn 38:24, onde a punição é a fogueira. [44]   Outro castigo mencionado na Bíblia é o da mutilação (Ez 23:25). [45]   Um meio Talmúdico posterior é o estrangulamento. [46]   Porém, o método mais usado e com apoio bíblico era o apedrejamento, sendo o único confirmado por lei (Jo 8:5, Dt 22:22, Ez 16:40). [47]   Deve-se notar que as penas variavam conforme o caso. [48]   O primeiro passo ao se pegar os adúlteros em flagrante, era levá-los ao tribunal da cidade, e na presença de duas testemunhas, era aplicada a pena de morte. [49]   Se os acusados de tal prática fossem ambos casados, os dois seriam apedrejados (Lv 19:20). [50]   Caso a relação fosse entre uma virgem desposada e um homem casado, ela tivesse sido seduzida na cidade, ambos também seriam apedrejados (Dt 22:20-22). [51]   Caso a relação fosse entre um patrão e uma escrava desposada, receberiam ambos chibatadas, visto este ato ser considerado não estritamente um adultério, devido à escrava ser propriedade do dono (Lv 19:20-22). [52] Quando os adúlteros morriam, ocorria a extinção da linhagem familiar da parte masculina. [53]   Caso a opção fosse dar carta de divórcio, se a mulher fosse a adúltera, um rito de desnudação precedia a expulsão do lar, sendo em seguida lhe dado um documento de divórcio (Os 2:12, Jr 13:26-27, Ez 16:37). [54]   A mulher cujo marido mantinha suspeitas de infidelidade, passava pelo teste da sota, ou a lei de ciúmes de Nm 5:11-31, onde ela era obrigada a beber água com terra do tabernáculo, jurando que caso mentisse que as maldições bíblicas caíssem sobre ela. [55]

 

No Novo Testamento as punições já são mais brandas.  Devido à perda de autonomia, os judeus não mais matavam os adúlteros, embora ocasionalmente ocorressem apedrejamentos (Jo 8:5). [56]   Porém, esta prática foi abandonada pela Igreja Cristã.  A primeira referencia ao adultério é de forma velada, onde o concílio de Jerusalém recomenda os cristãos de que se abstenham de relações sexuais ilícitas, onde a palavra grega utilizada no verso inclui o sentido de adultério (At 15:20). [57]   O castigo dado para o adultério nas cartas de Paulo é a exclusão ou a disciplina na Igreja, segundo I Co 5:1-6, além de perda da salvação conforme I Co 6:9-10.

 

Conseqüências Emocionais

 

Além das conseqüências vistas anteriormente, existem hoje as conseqüências emocionais, físicas e espirituais que afetam tanto à parte traída como a parte infiel.

 

A parte enganada do casamento é a que mais sofre.  Devido à confiança perdida nos anos de investidos no casamento, à parte traída sofre de quatro tipos de sentimentos: A) A parte traída fica paralisada diante da situação.  O cônjuge enganado fica imóvel diante da recusa de que seu cônjuge tenha sido infiel.  B) A segunda conseqüência é a autojustificação.  O cônjuge traído começa a perguntar o que ele tem de errado, já que é um bom cônjuge, pai ou mãe.  O amor próprio é ferido, sobrevindo sentimentos de incapacidade e desamor de si mesmo, ou então passa como mártir.  C) Os que se dão por vencidos são aqueles que se escoravam na parte infiel, e ao se deparar com o adultério perdem toda à vontade de viver.  D) A vontade de vingança leva a pessoa traída a trair também. [58]

 

Porém, o cônjuge infiel também passa por crises emocionais, vindo todas em seqüência. O primeiro sentimento é o da culpa.  Embora a parte infiel esteja vivendo no erro, ela se sente culpada pela situação em que chegou.  A pessoa fica desesperada ao pensar nas conseqüências de suas atitudes e no quanto poderá magoar seus filhos e seu cônjuge, o que faz com que a consciência a acuse mais e mais, até que diga a verdade ou estreite ainda mais seus vínculos com a(o) amante. [59]   O segundo

 

sentimento é o da vergonha.  O cônjuge infiel sente cada vez mais vergonha de si mesmo, da sua situação, e do que a igreja e a sociedade irão pensar dele caso seja descoberto.  A partir daí ele passa para o terceiro sentimento, que é a perda da auto-estima, onde ele se acha a margem da sociedade, e caso não tenha ajuda, ele irá

 

afundar-se ainda mais no pecado. [60]   Outra conseqüência é a perda da confiança e respeito de seus filhos por ele, que o passam a ver como uma pessoa imoral e sem crédito. [61]

 

O terceiro aspecto de um adultério é a conseqüência física, que vem através das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). [62]   Após a revolução sexual dos anos

 

sessenta, a propagação do sexo livre levou às práticas sexuais irresponsáveis e à dimensões nunca vistas, aumentando também o número de DSTs. [63]   E, através do aumento da prática do bissexualismo, doenças que eram restritas a comunidade homossexual, como a AIDS, passaram a contaminar também os heterossexuais. [64] Fazer sexo com uma pessoa promíscua é entrar num terreno perigoso, já que é difícil de se saber com quantas pessoas ela teve relações sexuais, e se algumas delas estavam contaminadas.  E o pior de tudo é que, além do parceiro infiel se contaminar, a parte inocente também será contaminada sem o saber, sofrendo também as conseqüências de um ato impensado de seu cônjuge.

 

Finalmente, a pior conseqüência que pode vir ao adúltero é o afastamento de Deus.  Quanto mais o pecador procura preencher seu vazio espiritual com sexo ilícito, mais afastado ele se acha da comunhão íntima com Deus.  Devido ao Senhor ser um Deus santo, ele pede que Seus filhos também sejam santos (Lv 11:45).  Visto o adultério ser um ato impuro e abominável, automaticamente o pecador se distancia de Deus, o que se não for notado e consertado, poderá causar a perdição eterna.

 

Soluções

 

O adultério repercute na vida do traidor, do traído, dos filhos (se existirem), das famílias, da igreja, etc.  Esta parte limitar-se-á a procurar soluções para o problema na perspectiva dos cônjuges e o papel do pastor na situação.

 

A culpa que o adúltero abarca diante de Deus pode ser suprimida.  Se aceitar o dom do perdão de Deus, “nenhuma condenação há” (Rm 8:1).  As conseqüências, porém, ele leva com o cônjuge e talvez com outras pessoas.

 

Depois de perdoado por Deus, uma coisa a fazer é decidir se confessará o erro à pessoa atingida e pedirá perdão ou não.  A vontade de confessar deve surgir da vontade de fazer o que é certo e não cair novamente.  Às vezes a mulher ou o homem pode fazer isso com a intenção de causar dor no cônjuge, fazê-lo agir em prol do casamento ou dissolvê-lo.  Nesse caso pode ser melhor que o traidor leve isso sozinho pelo resto da vida e poupe o parceiro de uma pancada do ego. [65]

 

Um cônjuge traído também pode pressionar para saber os detalhes, ficar ressentido permanentemente, agir violentamente, tratar o parceiro como de segunda categoria por estar manchado pelo ato imoral ou até buscar vingança na mesma moeda, etc. [66]

 

Mas em alguns casos, principalmente se o parceiro pode saber do ocorrido por outra fonte, é melhor que se abra sobre o assunto.  Se o cônjuge é perdoado, experimenta o profundo amor revelado pelo perdão e voluntariamente reage com gratidão e apreço.

 

  [67]

 

Alguém que é traído deve saber lidar com os sentimentos negativos.  Uma sensação de que o mundo desabou, um senso de dor alternado com entorpecimento, um golpe na auto-estima por ser trocado.  O homem questiona sua adequação sexual, lhe vem à mente que é incompetente.  Seu auto-respeito, baseado na sua vocação, rui e ele perde a motivação para fazer face a outros homens. [68]

 

A primeira coisa que uma pessoa nessa situação deve fazer é encarar a realidade o mais objetivamente possível.  É natural que tente se apegar ao casamento e negar a realidade por causa do medo, falta de confiança própria e esperança em Deus.  Isso estimula o adultério e dá a parecer ao cônjuge que não o ama. [69]

 

Se isso já foi superado, não deve, então, se autojustificar.  Há a tendência de, ardendo de auto-compaixão e justiça própria, lançar toda culpa no parceiro. [70]   Não é conveniente despertar no infiel um sentimento de culpa.  É provável que já se sinta culpado e, além disso, dessa forma, o muro de separação aumentará piorando a situação.  É melhor ter uma conversa aberta e ouvir com compreensão e firmeza. [71]   Há a oportunidade de auto-avaliar e talvez encontrar em si algo que tenha facilitado o caminho do adultério. [72]   É provável que “as leis do amor, quando [foram] negligenciadas, facilita[ra]m o caminho para a ‘Causa Estatuária’”. [73]

 

O que foi traído deve continuar a sua vida, não deixar seu trabalho nem abandonar sua casa.  Deve levantar os fatos antes de decidir se vai ou não continuar casado.  Deve buscar conselho, principalmente de Deus. [74]   Deus é soberano, tem tudo sob controle e vê as lágrimas daqueles que sofrem. [75]

 

O pastor deve agir na prevenção de causas e na correção e minimização das conseqüências.  Na prevenção, promovendo encontros, seminários, aconselhando os casais.  Se houver esse problema envolvendo um casal, ou quando um dos cônjuges é o traidor, o pastor dever visitar e averiguar os fatos.  O próximo passo é conscientizar o membro envolvido da posição e procedimento da Igreja, advertindo que o passo que a Igreja terá de tomar será a exclusão da pessoa do rol de membros da igreja . [76]

 

A posição da Igreja Adventista do Sétimo Dia

 

Como se pode ver, o adultério tornou-se algo comum entre homens e mulheres de qualquer idade.  Sabendo-se que “este é o pecado especial deste século”, [77] a Igreja Adventista procura tratá-lo de acordo com as normas bíblicas dadas por Deus.  Estas são claras em mostrar que Deus não aprova o adultério. [78]   O propósito de Deus é que o homem, deixando pai e mãe, torne-se uma só carne com a sua mulher (Gn 2:24).  “Em sua manifestação exterior, essa unidade refere-se à união física do matrimônio”, [79] portanto, se a igreja constatou que um cônjuge quebrou essa união, que deve ser única e exclusiva, ela coloca-lo-á em disciplina e “mesmo que o transgressor esteja genuinamente arrependido, ele (ou ela) será posto sob censura por um determinado período de tempo”. [80]   Se o ato provocou “opróbrio público para a causa de Deus, a igreja (...) demitirá o indivíduo ainda que haja prova de arrependimento”. [81]   O cônjuge culpado, que se divorciou, “não tem o direito moral de casar-se com outra pessoa enquanto o cônjuge inocente ainda vive e permanece sem casar-se”. [82]   Se ele (o cônjuge culpado) casar-se será eliminado da igreja junto com sua nova esposa se forem membros da igreja. [83]

 

Resumo e Conclusão

 

Durante o presente artigo analisou-se o adultério em si e as suas causas e conseqüências.  Começou-se com a definição do adultério bíblico no Antigo e Novo Testamento, realçando a importância dada a ele pelos profetas e apóstolos.  Em seguida veio a causa emocional e psicológica do adultério, seguida das conseqüências bíblicas e modernas.  Houve também as soluções para diversos casos de adultérios, além da posição final da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

 

A conclusão que se chegou no presente estudo é a de que o adultério ainda hoje é considerado pecado diante de Deus.  Além de ele ter uma conotação sexual, ele também é visto como um ato que desobedece a um dos primeiros mandamentos de Deus, encontrado em Gn 2:24.  Embora as suas causas sejam naturais e até explicáveis (de certo modo), deve-se lembrar que a natureza humana é pecaminosa, e aos olhos de Deus os pecados não têm justificativa, o que atrai conseqüências físicas, morais e emocionais.  Embora este pecado tenha solução, deve-se lembrar que Deus perdoa o pecador e não o pecado.  Embora, devido às condições culturais de promiscuidade no Brasil, isto não é desculpa para os que caem em pecado, sendo o papel da Igreja discipliná-los, e até excluí-los, caso tragam escândalo, porém tratando-os com amor para que permaneçam no aprisco do Senhor.

 


 

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[1] Os autores deste artigo são: Evaldo Vilar, Filipi dos Santos Ribeiro, Isaías Santos Santana e Wiliam Braun, alunos do primeiro ano do Seminário Adventista Latino-americano de Teologia do Nordeste, SALT-IAENE.

 

 

[3] Biblia Hebraica, ed. Rudolf Kittel (Stuttgart: Wüttembergische Bibelanstalt Stuttgart, 1973), 175.

 

[4] David N. Freedman, e B. E. Willoughby, “Nã’ap”, Theological Dictionary of the Old Testament (TDOT), eds. G. Johannes Botterweck, Helmer Ringgren, e Heinz-Josef Fabry (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1997), 9:114.

 

[5] Salvo indicação contrária, todas as referências nesta monografia são da Versão João Ferreira de Almeida revista e atualizada (São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997).

 

[6] Freedman, e Willoughby, TDOT, 9:115.

 

[7] Russel N. Champlin, “Adultério”, O Antigo Testamento interpretado (São Paulo: Editora Candeia, 2000), 6:3748.

 

[8] Leonard J. Coppes, “Nã’ap”, Dicionário internacional de teologia do Antigo Testamento, eds. R. L. Harris, Gleason L. Archer, e Bruce K. Waltke (São Paulo: Vida Nova, 1998), 1273.  Relacionando o adultério não apenas aos casados,  Ellen G. White afirma que “os jovens [que] adotam práticas vis enquanto o espírito é tenro, eles nunca obterão forças para desenvolver plena e corretamente personalidade física, intelectual e moral”.  Ellen White, Testemunhos seletos (Ts), 3 vols. (São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1984), 1:261.

 

[9] Luís A. T. Sayão, ed., O Novo Testamento trilíngüe: grego, português, inglês (São Paulo: Vida Nova, 1998), 11.

 

[10] Juan Mateos, O evangelho de Mateus (São Paulo: Edições Paulinas, 1993), 8.

 

[11] Donald A. Hagner, Matheus 1-13, Word Biblical Comentary (WBC), (Dallas, TX: Word Books, 1998), 118-121.

 

[12] Pedro Apolinário, Grego para o curso teológico (São Paulo: Instituto Adventista de Ensino – Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia, 1986), 78.

 

[13] John R. Kohlenberger III, Edward W. Goodrick e James A. Swanson, The Exaustive Concordance Greeck to the Old Testament (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1995), ver “Epithumeo”.  James Strong, New Exaustive Concordance (Nashville, TN: Thomas Nelson Publishers, 1990), ver “Adultery”.  W. E. Vine, Vine (Colômbia: Caribe, 1999), 24.

 

[14] Mateos, 9.

 

[15] Horst Reisser, “Adultério”, Dicionário internacional de teologia do Novo Testamento (DITNT), eds. Lothar Coenen, e Colin Brown (São Paulo: Vida Nova, 2000), 1:300-302.

 

[16] Hagner, WBC, 118-121.

 

[17] F. Hauch, “Moicheuo”, Theological Dictionary of the New Testament (TDNT), ed. Gerhard Kittel (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1979), 4:729-735.

 

[18]    Ibid., 729.

 

[19] Kohlenberger, ver “Moicheuo”.

 

[20] Hauch, “Moicheuo”,TDNT, 120.

 

[21] Daniela Pinheiro, “Traição e culpa”, Veja, 16 de janeiro de 2002, 76.

 

[22] J. A. Petersen, O mito da grama mais verde (Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1995), 13.

 

[23] Ibid.

 

[24] Existem vários mitos em que os casais acreditam, mas quando chegam ao casamento vêem que não é verdade.  “Mito número um: ‘Feito no céu’.  ...Assim, se nosso casamento foi feito no céu, se Deus nos ungiu, o êxito é inevitável.  Isso não aconteceu no primeiro casamento [de Adão e Eva], e desde então não tem acontecido [...].  Mito número dois: ‘Encontrar o meu papel’.  A compreensão prática e bíblica acerca do casamento e da criação de filhos que temos hoje é maravilhosa.  Mas o ensino desequilibrado acerca do papel dos cônjuges continua, como se o fato de identificar e assumir o seu papel característico assegurasse o sucesso do casamento [...].  Mito número três: ‘O casamento me tornará feliz’.  Uma das razões por que o casamento tem sofrido críticas hoje em dia é que ele não é o remédio para todos os males que se pensa que é [...].  Mito número quatro: ‘Os filhos mantém os casais unidos’.  Há uma crença comum de que os filhos consertam um casamento.  Se isso fosse verdade, considerando as estatísticas de divórcio, eles não tiveram sucesso nisso. Pertersen, 63-72.

 

[25] João Mohana, Vida sexual dos solteiros e casados (Porto Alegre, RS: Editora Globo, 1980), 89.

 

[26] Ibid., 228.

 

[27] Jaime Kemp, Arte de permanecer casado (São Paulo: Editora Sepal, 1991), 114.

 

[28] Ibid., 115.

 

[29] Ibid.

 

[30] Jerry White, Honestidade, moralidade e consciência (Rio de Janeiro: Junta de Educação Religiosa e Publicações, 1990), 194.

 

[31] Petersen, 31.

 

[32] Ellen G. White, Lar sem sombras (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1992), 147.

 

[33] Mohana, 132.

 

[34] Petersen, 52.

 

[35] Ibid., 53.

 

[36] Ibid., 55.  É importante salientar o papel dos pais na criação dos filhos.  “Os filhos nascidos de pais dominados por paixões corruptas são sem valor”.  White, TS, 1:256.

 

[37] Petersen, 42.

 

[38] Batista Borsato, Vida de casal (São Paulo: Paulinas, 1998), 98.

 

[39] Hélene Monneret, A vida a dois (Lisboa: Verbo, 1979), 194.

 

[40] Kemp, 113.

 

[41] “Enquired after the woman” [2Sm 11:3], Seventh-day Adventist Bible Commentary (SDABC), ed. Francis D. Nichol (Washington, DC: Review and Herald, 1957), 2:647.

 

[42] “Em Deus há poder; nEle há resistência.  Caso dele lancem mão, o poder vivificante de Jesus estimulará todo aquele que profere o nome de Cristo”.  White, TS, 1:398.

 

[43] Nova enciclopédia Barsa, ed. 2001, ver “Adultério”.

 

[44] John L. Mackenzie, “Adultério, Dicionário bíblico (São Paulo: Editora Paulus, 1983), 16.

 

[45] A. V. D. Born, “Adultério, Dicionário enciclopédico da Bíblia, ed.  A. V. D. Born (Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1977), 22.

 

[46] Elaine A. Goodfriend, “Adultery, The Anchor Bible Dictionary (ABD), ed.  David Freedman (New York: Doubleday, 1992), 1:84.  B. Talmud Sanhedrin 52b.

 

[47] David Freedman, “Adultery, The International Standard Bible Encyclopedia, ed. Geoffrey W. Bromiley (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1995), 1:59.

 

[48] [Dt 22:22-29], Bíblia de estudo de Genebra (BEG), eds. Bruce Waltke, e Moisés Silva (São Paulo e Barueri, SP: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999), 226. 

 

[49] Alan Unterman, “Adultério, Dicionário judaico de lendas e tradições (DJLT), (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997), 14.

 

[50] Ibid.

 

[51] Antonio Pacios, “Adulterio, Enciclopedia de la Biblia (EB), (Barcelona: Ediciones Garriga, 1963), 1:192-193.  Embora esta relação sexual esteja mais no âmbito das relações pré-maritais, deve-se levar em conta que nos tempos bíblicos, a quebra da promessa de casamento seria considerado adultério, visto a pessoa prometida já ser vista e considerada como se já estivesse casada.   Goodfriend, “Adultery, ABD, 1:82.

 

[52] Unterman, “Adultério”, DJLT, 14.

 

[53] Goodfriend, “Adultery”, ABD, 1:82.

 

[54] Ronald E. Clements, O mundo do antigo Israel (São Paulo: Editora Paulus, 1995), 369.  Ez 16:38, BEG, 944.

 

[55] Unterman, “Adultério”, DJLT, 14.

 

[56] Pacios, “Adultério”, EB, 1:193.

 

[57] Frederick F. Bruce, Commentary on the Boof of the Acts, New International Commentary on the New Testament (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1975), 315.

 

[58] Petersen, 98-108.

 

[59] Max Anders, 21 leis da vida que ninguém deveria quebrar (nem você), (Venda Nova, MG: Editora Betânia, 1999), 136, 139.

 

[60] Ibid., 139.

 

[61] Jaime Kemp, Respostas francas a perguntas honestas (São Paulo: Editora Sepal, 1992), 3:12

 

[62] Rex Russel, Coma bem, viva melhor (São Paulo: Editora Betânia, 1998),  80.

 

[63] Ibid., 81.

 

[64] Anders, 138.

 

[65] Charles Wittschiebe, God Invented Sex (Nashville, TN: Southern Publishing Association, 1974), 214.

 

[66] Ibid.

 

[67] Ibid.

 

[68] Ibid., 215.

 

[69] Robert A. Rarper, Extramarital Relations (New York: Hawthorn Books, 1967), 385-391.

 

[70] Petersen, 113-115.

 

[71] Kemp, 3:12.

 

[72] Ibid., 3:11.  Wittschiebe, 214.

 

[73] Petersen, 59.

 

[74] Ibid., 115.

 

[75] Kemp, 3:10.

 

[76] Entrevista com Ari M. Curvelo, Preceptor do Residencial Masculino da Faculdade Adventista da Bahia, Cachoeira, Bahia, 2 de outubro de 2002.

 

[77] White, TS, 1:256.

 

[78] Pode-se ver claramente a desaprovação de Deus nesse aspecto no sétimo mandamento de Sua santa lei: “Não adulterarás” Ex 20:14.  Outras várias “passagens, tanto no Antigo como no Novo Testamento, condenam” tal prática (Lv 20:10; 1Co 6:9; Gl 5:19 e 21, etc.).  Rubens S. Lessa, Maurício D. Guarda, e Rubem M. Scheffel, eds., Nisto cremos: 27 ensinos bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia (São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1997), 394.

 

[79] Ibid, 389.

 

[80] Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia (São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1989), 212.

 

[81] Ibid.

 

[82] Ibid.

 

[83] Ibid.

 

 http://www.advir.com.br/sermoes/especial/sexo/adulterio_3.htm